Meus
caros leitores, nem todas as fases da minha reabilitação são ouro sobre azul,
nem estou sempre bem-disposta, também tenho os meus dias de fúria e ventania,
pois faz parte da minha essência de lutadora por aquilo que me proponho e aos
objetivos que pretendo alcançar para ser independentemente, isto não é fácil
porque são anos de rotina para gerir.
Tenho
certos dias que nem eu me aturo a mim própria quanto mais às pessoas que lidam
comigo diariamente, tenho a noção que não estou a lidar com esta situação nada
bem e nem da melhor maneira, talvez esteja cansada de tanta luta, saturada
desta rotina, talvez esteja no tempo de dar uma volta na minha vida, ainda não
defini muito bem qual o trilho que vou seguir, mas com certeza não vou ficar agarrada
ao passado e vou encontra um caminho alternativo para atingir a seta no alvo
que defini para a recuperação motora a todo o vapor.
Mas
com certeza que vou encontrar uma solução ou alternativa a este sentimento que
me causa sufoco e impaciência, pois este só me causa ansiedade e atrapalha o meu
caminho, mas não é nada fácil. Talvez devesse imaginar uma luz divina a invadir
o meu coração ou pétalas de rosas brancas a caírem na minha coroa e eu contava
até 10 para acalmar até passar a fúria, mas felizmente eu sou como o vento tão
depressa tenho os meus momentos de tempestade como de acalmia, como se não
tivesse passado nada, mas compreendo que nem toda a gente é assim e para não
magoar quem está perto vou pedir sempre aos meus amiguinhos lá de baixo e aos
de lá de cima para estarem sempre ao pé de mim porque eu acredito que tem que haver
equilíbrio das forças que me guiam nesta luta e agradecer todos os dias pelas
graças que tenho tido para temperar o meu temperamento de modo que seja justa,
também para o meu equilíbrio interior.
Patrícia Arsénio