26 novembro 2014

Mais uma vez

Mais uma vez, vou enfrentar outra vez, e está muito longe de acabar esta batalha que travo diariamente, sem me esquecer, nem por um momento daquilo que me aconteceu há vários anos e se calhar vou lembrar-me toda a vida, mas sempre agradecendo todos os dias à minha família mais próxima, aos técnicos que trabalham comigo diariamente e claro aos meus amiguinhos lá do céu, mas também mantenho contatos com alguns lá de baixo porque eu acho que o nosso equilíbrio só pode ser obtido com esta fórmula.

Estou com esta conversa toda porque fui ao oftalmologista e o médico disse que os ângulos de visão estão melhores, mas vou ter que passar por um processo que consiste em aprender a olhar corretamente para as palavras e tentar visualizar o que está escrito, varrendo com a cabeça e os olhos cada palavra para tentar melhorar a acuidade e os ângulos da minha visão e mais uma vês melhorar depende do meu empenho e toneladas de PACIÊNCIA.

Patrícia Arsénio


Tempo

Tempo para chorar e tempo para rir.

Tempo para ver e tempo para observar.

Tempo para estar e tempo para ficar.

Tempo para mão amar e tempo para amar.

Tempo para merecer e tempo para ter mais tempo merecido.

Pedir ao tempo para parar mas este velho sábio não pára de girar, arranjando sempre formas para poder reinar na sua plenitude com a sua velha sabedoria inerente.

Dispondo, deste modo, sempre novos atalhos para poder reinar cada situação das nossas vidas de outra forma, ao seu compasso, sendo este tão caprichoso como o vento que não pára de ventar, as ondas que desmaiam na areia, as folhas que não param de nascer e os rios que correm para o mar.

Vejo o tempo como um velho sábio fazedor de destinos, um aliado da nossa aprendizagem constante em cada momento, um guru sentado algures no centro das profundezas da Terra ou no universo infinito, onde este reina por completo, marcando desta maneira o rumo e direção, como se tomasse conta de tudo que de real e irreal nos é dado a conhecer como meros espetadores e atores de uma peça de teatro, onde ele é o autor, encenador e também protagonista.

Talvez esteja a ser demasiado pragmática ao escrever acerca deste tema, mas realmente aquilo que penso, o tempo dá, o tempo tira e o tempo passa e a folha vira e volta a virar quantas vezes forem necessárias e no tempo certo.

Patrícia Arsénio


06 novembro 2014

Reportagem SIC: Retratos de Cegueira

http://sicnoticias.sapo.pt/programas/reportagemespecial/2014-10-16-Retratos-da-Cegueira



Uma reportagem bem conseguida pela jornalista Ana Sofia Fonseca e o repórter de imagem Paulo Cepa, cuja na qual participei dando o meu testemunho de esperança, união familiar, amor e força para enfrentar mudanças do rumo de vida que trilhei e como os nossos caminhos se podem alterar e sair da rota que definimos, encarando com um sorriso no rosto, desta forma tudo se torna mais fácil e tudo flui naturalmente a nosso favor, sem fazer grandes malabarismos, bastando sermos apenas a nossa essência mas até esta tem de ser adaptada e alimentada de forma a ficar equilibrada.

No entanto falei com várias pessoas sobre a reportagem da SIC,e algumas pessoas ficaram com a ideia que eu não via nada, o que realmente aconteceu no inicio do meu acidente todavia tenho vindo a recuperar a visão lentamente com a parte física, como está relatado na minha página no facebook: https://www.facebook.com/pandoraogum e neste blogue.


Luta constante sempre colhendo bons frutos e lindas flores.

Patrícia Arsénio