15 dezembro 2013

Estrada da vida...

Finalmente, tenho acesso a uma nova credencial para continuação dos tratamentos de fisioterapia através da segurança social. Já não era sem tempo, pois estou à espera desde Julho. Para ter acesso a estes tratamentos, necessito de uma credencial médica que é válida durante 120 dias, no final desse período, paro a fisioterapia até conseguir obter uma nova credencial.

Existem assim burocracias que impedem a realização dos tratamentos, de forma contínua. Uma alternativa a esta situação é obter um relatório definitivo de um neurologista, sobre a minha situação atual, que me vai permitir ter acesso à fisioterapia por tempo ilimitado, até nova avaliação médica.

Sou seguida há vários anos por um neurologista, no Hospital de Santa Maria, mas só tenho consulta marcada em Junho de 2014, portanto tenho que recorrer a outra opção, que é deslocar-me ao hospital da minha área de residência, portanto o Hospital Amadora-Sintra, onde não queria regressar pois foi lá que me aconteceu este acidente, trazendo-me más recordações. Isto significa também, que o relatório vai ser prescrito por um médico que nunca me observou, nem conhece o meu historial, além disso, apesar do pedido para esta consulta já ter sido efetuado pelo médico de família há cerca de 3 meses, ainda não tenho uma data marcada, pois continuo a aguardar por um contacto do hospital referido. Até lá continuo a ter a fisioterapia com interrupções de 120 em 120 dias.

Acho uma falta de coordenação do Sistema Nacional de Saúde, o facto de estar tanto tempo à espera de uma consulta de neurologia, tem um impacto muito negativo, ao nível psicológico e físico, atrasando assim os meus progressos conseguidos até à data, uma vez que tenho que parar as sessões de fisioterapia por ter que aguardar que seja escrito uma nova credencial.

Acho por bem haver regras padrão para ter acesso às credencias, a tempo de evitar interrupções, aliás nem deveria ser de outro modo, mas caramba organizem-se porque os utentes não têm que pagar pelo pouca falta de empenho e pouco profissionalismo.

08 dezembro 2013

A magia da água...

O nosso planeta oferece um dos seus tesouros mais preciosos e essenciais para a existência da vida terrena, a água, que é essencial para todos seres vivos que habitam na Terra.

Ao observar uma fonte nascente de água pura a jorrar água de uma rocha, parei para ver melhor a sua magia, o seu encanto e o seu poder calmante e curativo, respirei fundo e consegui sentir a minha alma no seu estado mais puro. Foi como regressar à infância, deparar-me novamente com a pureza das crianças, a sua inocência e a pureza dos seus pensamentos. Consegui renovar o meu espirito e carregar as armas para esta minha caminhada e seguir na estrada, com curvas, paragens e caminhos a descer e a subir que a vida me ofertou.

Esta fonte de água que nasce da terra penetra no solo dando origem ao verde abundante das florestas, aos rios, lagoas, onde habitam uma inumerável quantidade de espécies vegetais e animais.

As terras que têm a sorte e o privilégio de ocuparem e serem banhadas por caminhos de água são prósperas e rodeadas de vida. 
Talvez seja ousadia minha comparar os percursos dos vários estádios dos rios com os percursos da vida. As lagoas são as águas mais tranquilas, as quedas de água significam que o rio não estanca apesar de ter sido interrompido e a vida continua, também as águas podem tomar outras rotas e tomar o percurso dos seus afluentes até chegar ao seu destino, no tempo certo, às vezes mais lentamente e outras vezes mais rapidamente. Os rios e os seus afluentes podem ser mais ou menos abundantes, dependendo do significado e da importância que atribuímos aos vários caminhos percorridos pela água, tal como acontece no percurso das nossas vidas.


Todas estas águas têm uma morada final que é os sete mares da terra mãe. Os sete mares têm vida, ocupam a maior superfície do planeta, essencial para a sobrevivência de todas as espécies desta nossa querida mãe terra, formando um novo ciclo de vida contínuo de equilíbrio da natureza, assim Omar recebe de braços abertos, sem questionar e com muita humildade as águas de todas nascentes e rios, acolhendo em seu regaço como uma mãe que acolhe os seus filhos e os prepara para a vida e devolve-os de novo à sua sorte, permitindo que escolham os seus caminhos, mostrando assim a sua grandeza.