17 fevereiro 2013

Django

Esta semana fui ao cinema, num centro comercial com muitos bons acessos para quem não se consegue mover livremente.
 
Chegamos ao shopping e foi fácil de aceder às cadeiras de rodas pertencentes ao mesmo, como já referi ainda tenho dificuldades nas deslocações muito longas, por isso preciso de recorrer a uma cadeira de rodas.
Eu e a minha prima fomos ver um filme que conta com a presença do Tarantino, que é dos meus atores e dos meus realizadores preferidos, acompanho o seu trabalho desde o início. Um dos primeiros filmes que vi, da sua autoria, foi o Pulp Fiction, outros filmes que me marcaram foram o Kil Bill e o From Dusk Till Dawn e mais recentemente o Django.
Todos estes filmes são surpreendentemente dentro do mesmo género e são repletos de muitos tiros e muita pancadaria, alguns deles com uma pitada de romance, muita ação, surpresa, humor sarcástico, e por vezes humor negro. Os filmes de Tarantino não deixam ninguém indiferente devido a todas estas características.
O filme que fomos ver foi o Django que mostra bem a mistura destes ingredientes. Este é um bom filme para quem gosta do realizador Tarantino e para quem não conhece o seu trabalho, pode ficar a conhecer, formando assim a sua opinião. Para mim, ou se gosta muito ou então não se gosta de todo, não se pode ficar indiferente.
Como já referi neste blog, tenho dificuldades na visão, para mim e difícil ler as legendas por causa dos campos de visão, ora vejo umas palavras ora vejo outras, portanto não consigo ler as frases completas. Opto por ouvir e treinar o meu inglês, que está francamente melhor. A visão também está a melhorar, de modo que, já consigo ver certos detalhes que me passavam ao lado quando ia ao cinema, o que me deixa bastante satisfeita porque é sinal de quanto a minha visão melhorou e dá-me esperança que melhore ainda mais, porque é isso que tem acontecido ao longo do tempo.
Já me ia esquecendo de referir como o Tarantino é inconfundível na escolha das bandas sonoras dos seus filmes, acho-o irrepreensível nas suas escolhas. Pessoalmente gosto muito de todas as bandas sonoras selecionadas por este, mas a que destaco é a do filme Pulp Fiction.
 
Por todos estes motivos, deixo aqui um convite para ver o filme Django no ecrã do cinema, tem um som e imagem inigualável e mais uma vez fiquei rendida ao Tarantino.
 

05 fevereiro 2013

Terapia da Fala

Comunicar foi fundamental para a minha reabilitação, como já referi na mensagem “comunicar”. A terapia da fala foi o princípio de uma grande caminhada e foi essencial para o modo como falo hoje em dia.
Primeiro foi necessário reforçar a parte respiratória com a ajuda de cinesiterapia, pois não conseguia expirar e inspirar corretamente.
Passei por várias fases, vou destacar algumas que ficaram mais presentes na minha memória:
ü Encher as bochechas com ar, de modo a trabalhar os músculos da face;
ü Com a ajuda de uma palhinha, soprar uma vela acesa de modo contínuo, sem a apagar;
ü Através de uma palhinha, sugar uns papelinhos que estavam em cima de uma mesa, por fim já conseguia com uma moeda pequena;
ü A terapeuta pedia-me para dizer certas palavras e corrigia-me a língua com a espátula.
Muito trabalho, dedicação e dedicação de ambas as partes.
Aprender a falar novamente, tem sido um processo lento, mas tenho recuperado bastante bem. Hoje até acho que me entendem muito bem, e claro que a voz não esta tão límpida como era, acho-a rouca, dizem que está sensual.
Agradeço a Deus e a todos as pessoas que me rodeiam e rodearam ao longo destes anos e aos terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e outros técnicos que puxaram tanto por mim, sobretudo a quem acreditou e que continua a acreditar.